Morar fora exige desapego e uma concentração no que virá pela frente. Não foque no que deixará para trás, se concentre no que vai ganhar.
Se tem uma coisa que precisamos refletir é sobre o nosso gerenciamento de pensamentos, se não estivermos atentos eles podem nos sabotar e até comprometer a nossa jornada quando decidirmos colocar o pé na estrada ou até mesmo permanecer, caso você já esteja vivendo longe de casa. Mudar pode ser uma realidade assustadora, mas compreender o que você viverá te ajudará a se sentir mais integrado à sua nova vida.
Não foque no que deixará para trás, se concentre no que vai ganhar
Quando decidimos morar fora ou permanecer morando muitas coisas passando pela nossa cabeça; saudades, falta de pertencimento, foco em coisas que não podemos mudar, insatisfação com a vida atual, baixo nível de autoconhecimento, privações dos mais variados tipos e por fim, a insegurança interna.
Colocar o pé na estrada não é nada fácil e nunca será, seja lá qual forem os seus motivos, e cientes desta realidade é válido pensar com muito carinho no que fazer e principalmente no que deixar de fazer. Você já refletiu sobre seus motivos para mudar de país?
Costumo dizer que para cada escolha uma renúncia e para todas elas uma consequência, quanto mais rápido entendermos isso mais tranquilo viveremos com a vida que temos. Essa não é uma conversa sobre contentamento ou conformismo, mas sobre aceitação de quem se é, diante daquilo que pode ser feito, com o que se tem, ou seja, é uma reflexão sobre manter os pés no chão e nunca perder a habilidade de sonhar.
Deixar uma vida para trás não é ruim, só precisamos criar uma compensação que possamos acreditar que cada escolha está valendo a pena. Acompanho a história de pessoas que abandonaram um passado, mas seu momento presente não é satisfatório, realidade essa composta por muita insatisfação e falta de pertencimento, dificultando assim qualquer adaptação no exterior ou até mesmo um retorno para casa na terra natal.
Morar fora: conecte-se com quem já trilhou esse caminho.
Concentre no que vai ganhar morando fora
O segredo consiste em se concentrar naquilo que você vai ganhar e não naquilo que perderás, é sobre o copo estar sempre meio cheio e nunca meio vazio. Diferente da positividade tóxica que tanto se fala, essa é uma reflexão sobre aprendermos a ressignificarmos aquilo que temos dificuldade em lidar e aprendermos a administrar o nosso momento presente.
Por vezes queremos tanto e se analisarmos direitinho fazemos muito pouco, já reparou nisso?
Entenda que nada será fácil, permanecer onde você está, avançar para uma nova realidade ou deixar a vida te levar. Se concentre na sua força interna, aprenda a pedir ajuda a quem já trilhou o caminho que você deseja caminhar e busque todo conhecimento possível que julgares ser importante para a sua jornada.
Chegou o momento de aprendermos a lidar com nossos medos.
Não responsabilize os outros pela sua infelicidade
Não faz sentido dar novos passos se você não tem informações suficientes que te ajudem lá na frente. Não há mais tempo de responsabilizarmos os outros pela nossa infelicidade ou insucesso, que possamos nos apropriar do que nos cabe e nós intencionarmos para soluções.
Colocar o pé na estrada destinados a morar fora vai exigir de você muito desapego, uma habilidade valiosa para todos aqueles que desejam ser cidadãos do mundo. Infelizmente não é possível viver tudo o que você sonha apegado a sua antiga vida, cheia de regras, falsa sensação de controle e previsibilidades.
Entenda que se desejas viver algo novo na sua existência, precisa aprender a ser alguém diferente e isso acontece ao longo da jornada.
Portanto, não se apresse, não se pressione, não se desespere, apenas respire, concentre-se, acolha-se e seja mais tolerante com sua própria história. Não estamos em uma prova de velocidade e sim de resistência, ou seja, vence aquele que aguentar as tempestades, frustrações e imprevisibilidades.
Aprenda a se tratar melhor, isso será fundamental para morar fora e começar uma vida nova no exterior.
Morar fora é uma alternativa ou sua última chance de viver algo diferente?
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